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"Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção.". 2 Pedro 2.19



"Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção.". 2 Pedro 2.19

Durante um tempo, eu observei um pequeno pássaro dentro de uma gaiola, ele saltava de um lado para o outro e cantava; eu prestei atenção nele durante alguns dias, e durante esse período percebi que aquela pequena criaturinha era muito mais livre do que eu; por mais estranho que pudesse parecer. Alguns dias se passaram e conforme a semana avançava eu comecei a perceber que aquele pequeno pássaro não era apenas mais livre do que eu, mas ele também era mais livre do que todas as pessoas que eu conhecia. Depois disso, esse entendimento se expandiu e eu cheguei à conclusão de que qualquer pequeno pássaro, mesmo preso em uma gaiola, é muito mais livre do que a maioria absoluta da humanidade, até se considerarmos a grande maioria daqueles que estão dentro de alguma congregação. Agora a pergunta que fica é: Por quê?

Por que um pássaro preso dentro de uma pequena gaiola salta e canta todos os dias, apenas por estar vivo, enquanto a maioria das pessoas que caminham pela terra para onde bem entendem, assim como, realizam "seus" planos e sonhos, fazem e falam o que querem, passam grande parte do seu tempo insatisfeitos, angustiados e infelizes com a própria vida?

A resposta é simples: Porque a mente do pássaro é naturalmente livre, mesmo ele estando dentro de uma gaiola, enquanto que a mente da humanidade é naturalmente cativa (presa), mesmo podendo pensar, falar, fazer e ir para onde bem entender.

Mas como isso é possível?

Absolutamente todas as vozes e agentes da sociedade atual, mesmo dentro das mais diversas congregações, estão sempre prometendo alguma coisa que as multidões acham que pode curá-los do vazio existencial que os está consumindo silenciosamente por dentro, como o filósofo Henry David Thoreau observou ao dizer que: "A maioria das pessoas vive em uma situação de silencioso desespero.". E tal situação de silencioso desespero é dissimuladamente provocada pela própria ação da sociedade juntamente com as influências inconscientes do Ego humano que há dentro de cada indivíduo, e utilizando-se disso é que as mais diversas vozes e agentes sociais têm feito inúmeras promessas que supostamente seriam a solução para essa vida moderna tão conturbada, acelerada e ocupada, interna e externamente. Assim as multidões passam a vagar pela existência correndo constantemente atrás de todo tipo de promessas vazias que supostamente tornaria suas vidas em uma experiência "melhor", mas na verdade o que tais promessas fazem é mantê-los cada vez mais cativos, presos às armadilhas, artimanhas e seduções do Ego humano que infestam quase todo o ambiente social.

De fato, o espírito do mundo é mestre em fazer toda espécie de promessas extremamente atrativas, porém vazias; exatamente como fez com o próprio Cristo, na passagem que ficou registrada em Mateus 4.8-9, que diz: "Novamente, transportou-o o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos da mundo e a glória deles. E disse-lhe: tudo isso te darei se, prostrado, me adorares.". A diferença, entretanto, é que Jesus logo percebeu a natureza de tal promessa tentadora, o Mestre foi capaz de ver além da ilusão criada pela promessa do inimigo e enxergou que aquilo que estava sendo prometido não possuía nenhuma essência verdadeira. Esse discernimento é justamente o que está faltando para cada vez mais indivíduos nos dias atuais, estejam eles fora ou mesmo dentro das mais variadas congregações, e sem esse discernimento, qualquer um se torna uma presa fácil, e uma vítima em potencial, das mais diversas promessas feitas pelo espírito do mundo através do senso comum e do status quo que controlam a sociedade na qual vivemos. Então, nesse momento você pode estar se perguntando quais são essas promessas, certo?

A verdade é que existe uma quantidade incontável de promessas que o espírito do mundo tem feito a todas as pessoas diariamente, promessas pessoais, direcionadas especificamente a cada indivíduo que hoje caminha sobre a face da terra, assim como também, promessas coletivas endereçadas aos mais variados grupos formados pelas pessoas; mas há três tipos de promessas que ele costuma fazer repetidamente e que têm conseguido gerar muita complicação e até mesmo a ruína na vida de muitos.

E que promessas são essas?

Promessas de fortuna, que a sociedade equivocadamente chama de riqueza; promessas de "felicidade", e também aquelas que são o tema central desse texto; as promessas de "liberdade".

Mas como assim?

Praticamente todas as vozes e agentes sociais da atualidade estão, de alguma forma, prometendo dar liberdade para as pessoas que viverem segundo os padrões e conceitos pré-determinados que a sociedade atual chama de vida moderna. Nunca houve tantos gurus, coachs, mentores, pastores e líderes diversos dizendo o que a liberdade supostamente é e como fazer para alcançá-la. Muitos defendem que a liberdade deve ser alcançada através do sacrifício social; outros dirão que a liberdade deve ser obtida através do aumento significativo do poder aquisitivo e do acúmulo massivo de patrimônio, isso é o que eles chamam de "liberdade financeira". Também há muitos falando que a liberdade está na capacidade do indivíduo de poder se deslocar para onde bem entender sem qualquer impedimento, a chamada "liberdade de ir e vir"; e é claro que também há os que defendem ferozmente que a liberdade está no direito que toda pessoa deve ter de se expressar, seja através de pensamento, palavra (falada ou escrita) e ações; a famosa "liberdade da expressão" tão debatida nos dias atuais. De fato, há multidões inteiras defendendo e até guerreando por aquilo que a sociedade promete que pode levá-los a algum tipo de liberdade. E por mais que, socialmente falando, tudo isso tenha sim algum valor, importância e utilidade prática quando bem manuseadas. Espiritualmente, nada disso pode ser realmente considerado como liberdade verdadeira.

E por que não?

Por um motivo muito simples que é: Toda "liberdade" que gera desejo por mais "liberdade" não é liberdade.

E se há algo que essas tão perseguidas, e veneradas, formas de "liberdade" social produzem na mente e na vida das pessoas é um intenso desejo por mais e mais delas mesmas, de uma maneira tão distorcida que os indivíduos passam inconscientemente, mas voluntariamente, a abominar a noção de suficiência e de limite; eles passam a pensar coisas como: 

* "Eu sou livre para comprar então continuarei comprando". Ainda que não tenham condições para fazê-lo ou nem precisem do que tanto querem;

* "Eu sou livre para falar então continuarei falando, doa a quem doer". Ainda que o que eles têm a dizer seja completamente inoportuno, agressivo ou até destrutivo;

* "Eu sou livre para fazer então continuarei fazendo". Ainda que tais ações estejam causando sofrimento para eles mesmos ou para as pessoas ao redor, conhecidos e desconhecidos.

Essas liberdades sociais, que até certo ponto, possuem utilidade no âmbito mais superficial da nossa existência para quem sabe usá-las adequadamente, são no fundo, para toda pessoa que ainda não despertou do sono hipnótico da sociedade, apenas um conjunto de ilusões, fantasias e até delírios que podem fazer eles experimentem diversos sofrimentos (aflições de espírito) em uma quantidade massiva. Mas todo sábio(a) compreende a real natureza da liberdade, eles sabem que a "liberdade" social sem moderação ou sem limites não passa de mais um tipo de loucura do Ego humano disfarçada.

A liberdade verdadeira não pode ser encontrada na sociedade, pois tal sociedade é uma construção humana, baseada, em grande parte, nos impulsos, influências e insanidades do Ego que há em todos nós; dessa forma todas as manifestações das assim chamadas "liberdades sociais", embora, repito, tenham seu lugar, importância e valor dentro do contexto da coletividade, não servem para libertar ninguém de suas reais prisões, porque de certa maneira, todas as coisas que fomos ensinados a chamar de liberdade, desde a infância, são, abaixo da superfície, apenas mais formas de manter a mente e a vida das pessoas cativas, presa a certos padrões, conceitos, comportamentos, pensamentos, ideias, ideologias, bandeiras, símbolos, grupos, orientações, objetos, discursos e muito mais. E a forma como a sociedade manipula isso na mente das pessoas é tão "cirúrgica" que gera nos indivíduos um medo visceral de perderem suas tão veneradas "liberdades" sociais. 

No texto de Mateus 10.28 diz: "Não temais aqueles que matam o corpo e não podem matar a alma...", assim, semelhantemente digo que não devemos temer aqueles que podem roubar nossas "liberdades" sociais, pois isso é tudo o que eles conseguem fazer; porque a liberdade real, a liberdade cristã, repousa profundamente no nosso espírito, de modo que quando nos tornamos conscientes disso, tal discernimento liberta a nossa mente, que por sua vez torna toda a nossa existência em uma experiência realmente livre, mesmo que a sociedade consiga retirar de nós todas as liberdades sociais. Esse é um dos motivos, por exemplo, pelos quais Paulo, Silas, Pedro, João e tantos outros apóstolos e discípulos de Cristo, famosos e anônimos, passaram por momentos nos quais foram privados de sua liberdades sociais, jogados em prisões, mas nunca perderam a verdadeira liberdade; pois somente alguém verdadeiramente livre, somente alguém que descobriu a liberdade interior, a liberdade do espírito, consegue se relacionar de maneira sadia e sábia com as "liberdades" da sociedade na qual vivemos, mas todos aqueles que não compreendem a verdadeira liberdade, acabarão, em menor ou maior grau, tornando-se escravos daquilo que chamam de liberdade.

Quer mais uma prova?

No ano de 1660 John Bunyan foi preso pela primeira vez por se recusar a parar de pregar a Palavra de Deus, ele permaneceu na prisão por doze anos, até 1672; essa foi a primeira vez que a sociedade lhe tirou sua liberdade social. Mas isso não foi tudo, pois ele foi preso novamente; porém, a verdade é que Bunyan jamais perdeu a sua liberdade, e a prova disso é que durante esses dois períodos na prisão ele escreveu uma das mais belas obras da literatura cristãs de todos os tempos, o livro O Peregrino, publicado em 1678.

Mas o que eu quero dizer com isso?

Embora Bunyan tenha sido enclausurado injustamente durante anos, continuava com o espírito e a mente livres a ponto de ser inspirado a escrever uma obra tão bela e atemporal quanto O Peregrino. Isso nos mostra claramente que a liberdade de uma pessoa não reside na porção social da sua vida, mas sim nas outras partes do nosso ser (nossa mente e nosso espírito) que o espírito do mundo usa todas as vozes e agentes sociais para convencer os indivíduos a negligenciar. 

Se queremos realmente descobrir a verdadeira liberdade precisamos entender que Cristo não veio a esse planeta apenas para libertar o nosso "eu" social, na verdade, Ele veio, principalmente para, através do nosso espírito, nos libertar justamente desse "eu" social, que nada mais é do que a nossa mente corrompida (carne/Ego). E isso faz uma diferença gigantesca, porque com uma mente livre, nos livramos também de todas as promessas vazias e corruptas de liberdade da sociedade, assim como escapamos de todas as ilusões, fantasias, delírios e demais enganos que tais promessas geram nas multidões.

Qualquer um que queira encontrar a real liberdade deve compreender que ela está, sempre esteve e sempre estará, dentro de nós; de fato, a liberdade cristã, aquela que Jesus veio nos conceder, como ele mesmo declara no texto de Lucas 4.18.19, que diz: "O espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a apregoar liberdade aos cativos....". Essa liberdade, não consiste em nos permitir pensar, falar e agir de acordo com o que a sociedade chama de "liberdade", mas sim em nos fazer perceber que aquele que é verdadeiramente livre, libertou-se das garras do próprio Ego, que a Escritura Sagrada chama de carne, pois dessa maneira nos tornamos libertos de todas as amarras, vícios, seduções, armadilhas, artimanhas, maquinações e todas as outras tentações sociais; ou seja, um indivíduo livre não é aquele cujas finanças o permitem viver abastadamente como bem entender, mas sim aquele cuja mente não é afetada pelas mais diversas ambições, ganâncias e avarezas que estão disfarçadas e espalhadas ao nosso redor. Assim como, livre não é aquele que pode falar, e fala, o que bem entender, quando bem entender, mas sim aquele que entende que não deve falar sempre, mas apenas nos momentos extremamente necessários; somente pessoas livres compreendem o valor inestimável do silêncio da mente e dos lábios. Semelhantemente, livre não é alguém que pode viajar pelo mundo para qualquer lugar, cidade ou país, que quiser; mas sim aquele(a) que não é atormentado pelos próprios pensamentos, sentimentos, emoções. Livre não é o indivíduo que está fora de uma cela, mas sim aquele que não é dominado e dirigido pelas inquietações, influências e impulsos sedutores e corrompidos da sociedade, tais como as vaidades, ansiedades, paixões, ilusões, e sonhos dos mais diversos tipos, tamanhos e "sabores". Infelizmente, os livres são a minoria da população mundial.

Um pássaro dentro de uma pequena gaiola é mais livre do que a maioria da humanidade, porque a mente dele não está apegada a todos os dramas, projeções, desejos, megalomanias, traumas, sonhos de consumo, afetações, vícios, delírios e tantas outras coisas com as quais a mente humana faz tanta questão de se relacionar, todos os dias, de uma maneira inconsciente, abusiva e compulsiva; assim, mesmo que o pequeno pássaro, fisicamente, não possa voar e esteja sempre confiado a uma gaiola, as circunstâncias físicas da sua existência não exercem qualquer influência sobre a sua liberdade; e esse é um dos principais motivos pelos quais ele canta mesmo estando "socialmente" preso; exatamente como Paulo e Silas fizeram quando foram lançados na prisão, na passagem que ficou registrada em Atos 16.25, que diz: "E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.". Aqueles dois cristãos estavam em uma prisão, mas continuavam completamente livres.

Na sociedade atual a grande maioria das pessoas não compreende a liberdade real, os indivíduos confundem liberdade com independência, com mobilidade, com libertinagem, com produtividade, com desempenho, com euforia, e com uma série de outras coisas que lhes são prometidas pelas vozes da coletividade; mas todos os sábios(as) compreendem o que a liberdade realmente é e como ela atua tanto no interior quanto no exterior daquele que a descobriu no seu verdadeiro "eu", ou seja, no próprio espírito. Segundo o professor sul-coreano Byung-Chul Han, menciona em seu livro, Sociedade do cansaço, para o filósofo grego Aristóteles um homem livre é aquele se desvincula das necessidades e das coações da vida social.

Os sábios entendem que assim como um pássaro na gaiola é livre porque não cria, não acumula nem carrega ansiedades, mágoas, nervosismos, euforias, expectativas, frustrações, desejos, sonhos de consumo ou inquietações, tampouco é afetado pelas incontáveis aflições de espírito (sofrimentos) sociais que atormentam o indivíduo na sociedade moderna. Semelhantemente, também uma montanha que nunca sai do seu lugar é muito mais livre do que a maioria das pessoas que estão rodando aleatoriamente pelo mundo, tentando convencer a si mesmos e aos outros ao redor, de que são livres e sem entender a real natureza essencial da liberdade; pois a montanha não sofre com o vazio existencial que está consumindo as entranhas dos indivíduos modernos, ao contrário, permanece sempre serena e pacífica independentemente de todas as intempéries naturais que se abatam sobre ela, enquanto que as pessoas são facilmente afetadas, ofendidas, machucadas e oprimidas por qualquer mínima alteração nas variáveis da sua vida, mesmo que não lhes esteja faltando nada de realmente importante.

Toda a natureza é livre porque não possui Ego, mas a humanidade se tornou insana e cativa porque foi contaminada com a corrupção do Ego gerado na criatura humana por causa do pecado original, assim, o ser humano virou as costas para a verdadeira liberdade e passou a perseguir alucinadamente, vertiginosamente, a uma série de coisas que a sociedade nomeou como liberdade, mas que em essência não o são. Fomos ensinados a achar que só seremos livres quando pudermos comprar tudo o que mais queremos, ou quando pudermos viajar ilimitadamente por tantos quantos países desejarmos, ou quando realizarmos os nossos maiores sonhos, mas esse tipo de pensamento só demonstra o nosso total desconhecimento da essência do que a liberdade realmente é, no seu nível mais elevado. Todas essas coisas são, na maioria das vezes, promessas feitas pelas vozes sociais, promessas ilusórias de liberdade feitas por agentes e forças sociais que sabem pouco ou nada sobre a verdadeira liberdade, uma vez que, em essência, ainda que inconscientemente, são servos da corrupção. 

Certa vez o escritor russo Leon Tolstói escreveu o seguinte: "Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, ela é uma consequência.".

E por que estou citando isso aqui?

Porque é exatamente sobre isso que a Bíblia Sagrada está nos falando quando, em João 8.32, diz: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.". Ou seja, a liberdade real é um fruto da verdade.

Assim, todos aqueles que continuarem procurando por liberdade nas mais diversas promessas da sociedade estarão condenados a viverem aprisionado pelas próprias expectativas, desejos, sonhos, frustrações, ansiedades, angústias, sentimentos, emoções, histerias, traumas, assim como pelos mais variados agentes e forças sociais, e também pelas corrupções, maquinações e tentações da carne, do Ego, da mente superficial corrompida que há dentro de cada pessoa. Mas, uma vez que tenhamos consciência disso e voltarmos a nossa atenção e a nossa busca para o nosso interior, para o nosso verdadeiro eu, que é o nosso espírito; encontraremos a verdade sobre quem realmente somos, sobre a sociedade que nos cerca, e sobre a fonte eterna e absoluta de todo o amor, o próprio Deus; e junto com essa verdade, repousa a nossa real liberdade que é independente de qualquer situação, pessoa, coisa ou circunstância dentro ou fora de nós.   

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