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"...Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito..." Zacarias 4.6

 


"...Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos exércitos." Zacarias 4.6

Como podemos usar a sabedoria essencial desse versículo para aperfeiçoar a maneira como nos relacionamos com a vida?

A maioria absoluta das pessoas, tanto na sociedade quanto dentro das mais diversas congregações, está fazendo algo que impede que a vida deles se desenvolva plenamente, e como não têm consciência de que estão agindo dessa maneira, acabam sempre tendo de lidar com níveis cada vez maiores de frustração e insatisfação em praticamente todas as questões e áreas da sua existência.

Mas o que é que essas pessoas estão fazendo?

Estão resistindo à própria vida.

E como isso é possível?

Não sei se você já parou para perceber, em si mesmo(a), ou nas pessoas ao seu redor, que a maioria dos indivíduos nunca está vivendo em unidade e harmonia com a própria vida; de fato, tudo o que as pessoas na sociedade atual parecem se dedicar a fazer é resistir com todas as forças à maneira como a vida se desenrola.

Mas qual é o problema de fazer isso?

O problema é que Deus usa os desdobramentos da vida para nos dar inúmeras bênçãos e preciosas lições para o nosso aperfeiçoamento físico, mental e espiritual; mas, uma vez que estivermos sempre resistindo à maneira como a vida se desdobra em nós, na nossa existência, simplesmente estaremos mantendo o nosso coração fechado de modo que nos tornamos incapazes de reconhecer, compreender e aceitar as bênçãos que o SENHOR está nos dando, assim como deixamos de aprender as poderosas e transformadoras lições que podem nos libertar de todas as amarras e correntes que a nossa própria mente (Ego/carne), a sociedade e o próprio espírito do mundo colocam ou já colocaram em nós. E sem aprendermos tais lições jamais conseguiremos evoluir plenamente, no corpo, na mente e no espírito, para ocuparmos nosso verdadeiro lugar na criação e sermos quem Deus nos concebeu para ser; assim, nunca conseguiremos encontrar unidade e harmonia nem em nós mesmos, nem com aqueles que estiverem ao nosso redor, e, tampouco com o próprio Deus; ao contrário, passaremos toda a nossa existência resistindo a tudo o que a vida nos apresentar e nos esforçando ao máximo, e até mesmo fazendo diversos sacrifícios, que nada mais são do que violências contra nosso próprio ser, para tentar moldar o fluxo da vida de forma que ele se encaixe na nossa maneira condicionada de pensar e na nossa visão distorcida de mundo, visão essa amplamente influenciada e manipulada pelo senso comum e pelo status quo, cujo único objetivo é manter as pessoas cegas para tudo o que a vida realmente é.

É assim que bilhões de indivíduos ficam presos em uma espiral nociva na qual estão sempre lutando e relutando contra a própria vida, oferecendo resistência feroz a tudo o que a vida lhes apresenta, sem compreender que tais coisas estão, na verdade, sendo lhes dadas pelo Criador, e usadas, de alguma maneira, para o desenvolvimento deles. Por isso o apóstolo Paulo, um homem que aprendeu em Deus a não resistir a própria vida, fez questão de registrar o ensinamento colocado em Romanos 8.28, que diz: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus...". A essência do que o apóstolo está ensinando nesse versículo é: Toda a maneira como a vida se desenvolve conosco, está sendo usada por Deus para nos aperfeiçoar e direcionar segundo a vontade soberana Dele.

Mas o que significa exatamente resistir à vida?

Deixe-me dar meu próprio exemplo:

Aos 21 anos eu comecei a trabalhar como vendedor de calçados em uma pequena loja de bairro, na verdade, eu queria e havia estudado e me formado para trabalhar na área administrativa, mas não importava o quanto eu buscasse uma colocação profissional na área do meu interesse, eu nunca era chamado; cheguei a fazer algumas entrevistas, mas nunca fui contratado para trabalhar em um escritório como era a minha vontade na época.

Como vendedor de calçados, o nível de resistência que eu mesmo gerei dentro de mim foi algo extremo; pois eu queria deixar de fazer aquilo, eu sentia como se a minha vida estivesse terrivelmente errada, e sofria por dentro. Era um sofrimento velado que aumentava a cada dia que eu acordava pela manhã e tinha de sair para trabalhar. Toda aquela resistência se estendeu por quase cinco anos e a cada ano ela se expandia dentro de mim, e ficava mais "pesada" e difícil de lidar; mas eventualmente eu percebi, através do entendimento que estou compartilhando com você aqui, que todo aquele sofrimento que eu estava sentindo era produzido por mim mesmo, por minha forma distorcida de ver o mundo; afinal, não há nada de errado em ser um vendedor de calçados; era o meu preconceito contra aquele trabalho o que mais estava me machucando, e eu lutei, relutei, e me sacrifiquei violentamente, por todo aquele tempo, tentando "consertar as coisas", "consertar a vida" que eu achava que estava terrivelmente erada, tentando trazê-la, de alguma maneira, para dentro do formato que eu pensava ser o correto; porém, minha vida não estava errada, não estava quebrada, aquela sensações angustiantes e dolorosas que eu tanto sentia eram apenas mentiras da minha mente, resistências do Ego que há em mim, para me fazer infeliz, e durante aquele período, essa estratégia da minha carne (mente/Ego) funcionou, pois por mais que eu dissimulasse, a infelicidade ficava cada vez mais tangível no meu interior e certamente ela contaminaria tudo em que eu me envolvesse.

A vida tinha se desdobrado daquela forma diante de mim, e hoje com a mente transformada e mais lúcida, posso ver, olhando para trás, a grande quantidade de lições físicas, mentais e espirituais que aquele período me ensinou. De fato, até mesmo este blog é um dos frutos daquele período, se eu não tivesse parado de resistir a vida especificamente nessa questão profissional, (pois houve outras) certamente esse blog não existiria, assim como várias outras bênçãos e lições que mudaram completamente a minha maneira de pensar e viver, não teriam sido aprendidas por mim, e provavelmente eu ainda estivesse, de alguma maneira, resistindo a tudo o que a vida me apresenta. Agradeço todos os dias a Deus por Ele ter me ensinado a não usar de força (esforços desnecessários) nem violência (sacrifícios pessoais) para ficar lutando, e relutando, contra o fluxo da minha existência.

Resistir a vida significa não estar satisfeito(a) com o modo como a nossa existência está em determinado momento; ou seja, é sempre tentar controlar o fluxo dos acontecimentos da vida para que ele se enquadre nos nossos planos, nas nossas vontades, nos nossos sonhos, nas nossas ambições e em todo o nosso modelo mental de como as circunstâncias, situações, pessoas, coisas, sociedade, natureza e até mesmo Deus, devem se comportar para nos favorecer, segundo o nosso critério limitado e o nosso finito grau de compreensão da criação e da própria existência.

O problema óbvio que ocorre quando alguém está resistindo à vida é que nada ao nosso redor tem qualquer compromisso firmado conosco para se comportar da forma como, dissimuladamente, e inconscientemente, queremos que façam; assim sendo, toda a resistência que oferecemos ao fluxo continuo da vida gera algum tipo de "dissonância" física, mental ou espiritual em nós que enfraquece nosso corpo, fragmenta nossa mente e entorpece o nosso espírito, de modo que nos tornamos totalmente incapazes de apreciar toda a grandeza da vida que nos foi amorosamente presenteada, tanto os altos quanto os baixos, tanto os momentos que julgamos bons quanto aqueles que julgamos ruins. Mas novamente cito o exemplo de Paulo, um homem em quem não se achava resistências internas e que estava em perfeita harmonia com a vida; veja o que ele disse certa vez: "Sei estar abatido e sei também ter abundância; de toda maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura quanto a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade." Filipenses 4.12.

Veja; a essência do que Paulo está revelando nesse versículo é: Aprendi a não resistir à vida, sei passar tanto pelos momentos bons quanto pelos momentos ruins da minha existência, e não há nada que a vida me apresente, agradável ou desagradável, prazeroso ou doloroso, que eu não saiba como lidar. Eu aprendi a apreciar adequadamente todas as coisas.

Essa é o entendimento de uma pessoa realmente livre.

Porém, a maioria da humanidade não é como Paulo ou outros cristãos e cristãs cujo bom exemplo foi registrado na bíblia, ao contrário, as multidões estão sempre resistindo a tudo o que a vida coloca diante deles, mesmo as coisas mais insignificantes eles fazem questão de transformar em grandes dramas pessoais, assim como, até nas coisas boas e prazerosas eles acabam encontrando uma maneira de gerar um problema, ainda que seja com eles mesmos. E como resultado disso, entram em um estado existencial de constante sofrimento mental subliminar, um estado que foi observado e definido pelo filósofo e poeta Henry David Thoreau como um "silencioso desespero".

E o que as pessoas fazem para tentar amenizar esse estado de sofrimento subliminar provocado por toda a inconsciente e violenta resistência interna que estão oferecendo à vida?

Eles lutam e relutam ainda mais. Usam toda a força do corpo e da mente, até à exaustão, se esforçam além do que podem, praticam todo tipo de sacrifícios, pessoais, profissionais, financeiros, sentimentais, religiosos e outros, que não são nada além de violências contra si mesmos e até contra outras pessoas, na vã esperança de que possam, de alguma maneira, dominar o fluxo da vida, controlar a miríade de variáveis que, combinadas, constituem a forma e a maneira como as coisas se desdobram; mas não podem, ninguém pode, exceto Deus. E qualquer sábio entende isso.

Então, como fazer para deixar de resistir à vida?

Usando o entendimento essencial contido em Zacarias 4.6, que diz: "...Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito...". Precisamos compreender que lutar ou relutar contra a vida, tentar controlá-la, ou nos sentirmos profundamente abalados quando as coisas ocorrem diferentemente do que planejamos e do que achamos que deveria ser, é a pior atitude que podemos cultivar; de fato, isso está arruinando a experiência de vida de bilhões ao redor do planeta. Assim, devemos desenvolver uma nova abordagem para com todos os desdobramentos da vida.

E que abordagem é essa?

Uma abordagem que não esteja apoiada na força que sempre fazemos, violentando a nós mesmos, para que tudo se encaixe nas nossas vontades, padrões ou na nossa visão de mundo, nem nos sacrifícios que nos impomos para tentar controlar tudo e todos ao nosso redor; pois essa abordagem tradicional tem como base fundamental o Ego (mente/carne) que há em nós, que é controlador por natureza, e é a causa de uma grande quantidade de distorções e sofrimentos.

Devemos elevar a nossa maneira de nos relacionar com a vida utilizando uma abordagem mais consciente que toma como base algo que está acima e além do Ego, ou seja, o nosso espírito, pois é através do nosso espírito que o Espírito de Deus pode nos moldar, aperfeiçoar e direcionar perfeitamente sem ser interferido pelas constantes tempestades mentais, sentimentais e emocionais que assolam o coração dos que lutam tanto para resistir à vida quando estão sob as garras do Ego.

Quando nos tornamos mais conscientes de que temos feito todo tipo de esforços desnecessários e sacrifícios para resistir ao fluxo da vida tal como Deus a deu para nós, começamos automaticamente a encontrar formas de diminuir tais resistências e vamos ficando cada vez mais receptivos e abertos ao que o Espírito de Deus usa a vida para nos entregar (lições, aprendizados, experiências, crescimento, maturidade, etc...) mesmo que, à primeira vista tais bênçãos venham através de algo que parece desagradável, duro, desconfortável ou até mesmo doloroso.

José foi vendido como escravo por seus próprios irmãos, a vida dele parecia fadada a uma existência sem propósito; teoricamente ele seria apenas mais uma pessoa de quem a história humana jamais se lembraria; porém, ele encarou todo aquele duro período de maneira aberta e receptiva, não se revoltou contra Deus nem contra ninguém (nem mesmo contra seus irmãos ou contra a mulher que, mentindo, o enviou para a prisão), mas com o espírito pacífico e gentil, procurou sempre apresentar-se a Deus e aos homens para ser o mais útil que podia, dadas as suas circunstâncias e capacidades, no contexto no qual estava. Se José tivesse passado todos aqueles anos resistido (gerando violentas barreiras, bloqueios, dramas, dilemas e uma série de outras coisas internas, ou mesmo externas) à maneira como a vida se desenrolou diante dele, jamais teria se tornado poderoso no Egito e jamais teria salvado a vida do próprio faraó e de uma verdadeira multidão quando aquela região do mundo passou por vários anos de grande escassez.

Resistir às coisas que nos acontecem na vida ou à forma que a vida toma diante de nós faz com que percamos o caminho do nosso verdadeiro propósito de existência; e isso acontece não só em grandes questões, mas também nas menores mudanças que a vida coloca diante de nós. Quando você estiver em um terrível engarrafamento, quando o seu voo for cancelado, quando você perder o emprego, quando a sua empresa estiver passando por um momento de instabilidade, quando uma crise surgir, quando a economia do país cambalear, quando alguém bater no seu carro, ou em você, quando lhe ofenderem, etc... Não crie resistência no seu interior, mantenha a sua consciência no seu espírito e não na sua mente; pois a sua mente vai sofrer, vai reclamar, vai querer revidar, vai opinar, vai se irar, vai falar sem parar, vai invocar todos os sentimentos e emoções possíveis para confundir você, e te arrastar para uma espiral de sofrimento interior. Deixe que a vida continue fluindo, ignore o falatório da sua mente e siga em frente, não lute contra a sua mente, porque se você fizer isso significa que ela conseguiu fisgar você e você estará de volta ao nível dela; apenas a ignore e continue fazendo o que pode ser feito para melhorar a situação, se for possível, ou simplesmente descansando em um estado de aceitação no espírito caso não haja nada a ser feito. Lembre sempre a si mesmo que Deus controla todas as coisas, principalmente aquelas que nós não compreendemos.

Não permita que o Ego dentro de você crie uma torrente dentro da sua cabeça, não tente controlar ou consertar todas as variáveis da vida; apenas mantenha-se aberto espiritualmente, pois assim Deus lhe dirá o que você deve realmente fazer; lide com cada situação que surgir da melhor maneira que você puder, dadas as suas circunstâncias, mas faça isso a partir de uma perspectiva de serenidade, sobriedade, consciência, clareza e lucidez de pensamento e de fé, pois assim você estará sendo verdadeiramente espiritual, e é somente quando estamos nesse "estado" que o Espírito de Deus age em nós, e através de nós, de modo que não precisamos fazer qualquer esforço desnecessário ou sacrifício, mas todas as nossas atitudes, ações e palavras fluirão em perfeita ressonância e harmonia com cada um dos desdobramentos da vida, sejam eles quais forem, ruins ou bons, prazerosos ou desagradáveis. E é isso o que nos conduzirá pacificamente a todas as realizações que Deus tem para nós. De fato, foi assim que todos os grandes exemplos de fé do passado conseguiram atravessar e triunfar nos momentos mais críticos, sombrios e desafiadores que a vida colocou diante deles.

Viver é como velejar; se aprendermos a parar de resistir ao vento, ao mar, às ondas, e, os utilizarmos a nosso favor, conseguimos navegar de maneira muito mais graciosa, eficiente e satisfatória, mesmo em meio às tormentas, rumo a quaisquer que sejam os objetivos que Deus nos deu.

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