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“...Sem fé é impossível agradar a Deus...” Hebreus 11.6A (ARA)

 



“...Sem fé é impossível agradar a Deus...” Hebreus 11.6A (ARA)


Por que será que sem fé é impossível agradar a Deus? Você já se perguntou isso?

Para responder essa pergunta preciso começar dizendo que a essência do texto de Hebreus 11.6A é a seguinte: "...Sem fé (verdadeira) é impossível agradar a Deus.". Sim. Há pessoas que parecem ter fé, mas a "fé" que possuem não é verdadeira, é apenas uma ilusão simulada. São pessoas que parecem estar na luz, mas ainda estão na escuridão; ou seja, parecem ser bons samaritanos, profetas, mestres, pastores, fiéis, e etc..., mas são só indivíduos tentando obter todo tipo de vantagens pessoais para a sua própria vida social. A segunda coisa que preciso dizer é que há uma correlação, ou seja, uma ligação íntima, entre a fé verdadeira e o amor, que é o próprio Deus, como está registrado em 1 João 4.8 ARA, que diz: "Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.".

Então você pergunta: Como assim?

O amor é a principal virtude demonstrada pelos cristãos legítimos, como foi declarado pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 13.13 (ARA), que diz: "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor."; Mas é a fé que ocupa o lugar de principal característica capaz de distingui-los dos demais seres humanos, colocando-os em uma posição mais agradável diante do Criador; por isso também está registrado em Hebreus 11.6A (ARA): “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus...”.

A Fé é o primeiro fruto espiritual gerado quando alguém tem contato íntimo com a Escritura Sagrada, pois, como está escrito em Romanos 10.17: "...A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus."; assim sendo, uma vez acesa dentro de nós, ela torna possível alcançar e realizar absolutamente todas as coisas que o SENHOR tenha determinado para a nossa vida, mesmo que inicialmente, e aparentemente, pareçam impossíveis; por isso também foi escrito em Mateus 17.20 a famosa afirmação: "...Se tiverdes fé como grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá - e há de passar, e nada vos será impossível.".

Então você pode dizer: Mas tudo isso eu já sei!

Ótimo. Essa foi apenas uma pequena introdução para que possamos começar a dar mais atenção a algo que é extremamente importante para a nossa saúde e sobrevivência espiritual atualmente, mas que tem passado despercebido por muitos dentro das mais diversas congregações.

E o que seria?

Desde as épocas antigas, o despertar da fé acontecia no coração das pessoas, ou até mesmo em lugares inteiros, porque os indivíduos recebiam a fé que vem unicamente pela Escritura, cultivavam, praticavam e repassavam em forma de boas obras e ensinamentos, de uma maneira completamente pura e imaculada; de modo que essa fé verdadeira confirmava as congregações e contribuía poderosamente para o seu desenvolvimento saudável a despeito de todas as severas dificuldades que enfrentavam; como está registrado em Atos 16.5 que diz: "De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número.". Porém, com o passar dos séculos, o espírito do mundo desenvolveu inúmeras maneiras de iludir e desvirtuar a fé das pessoas, misturando-a com uma infinidade cada vez maior de outros elementos a ponto de tornar a fé dos indivíduos em algo que é, ao mesmo tempo, socialmente eficaz e espiritualmente estéril.

Nos dias atuais, o que uma parte consideravelmente grande dos que estão em congregações, membros e líderes, assim como daqueles que não estão em congregação nenhuma e dizem ser cristãos, chama de fé, na verdade, não passa de uma ilusão verossímil (que tem aparência, mas não tem essência), produzida pelos homens com a única finalidade de exercer controle e manipulação sobre os outros, para que consigam status, autoridade humana, poder político, domínio religioso, riquezas e tantos quantos tesouros sociais e ambições pessoais lhes for possível. Novamente reforço que estamos tratando de uma "fé" socialmente eficaz.

A "fé" que tais pessoas professam, pregam e praticam é apenas uma mistura disforme e pirotécnica, embora perfeitamente planejada e muito bem estruturada, de conceitos humanos, psicológicos, filosóficos, religiosos, teológicos, históricos, políticos, facciosos e megalomaníacos; centrada apenas nas próprias vaidades e profundamente dissimulada para se assemelhar à fé verdadeira. De fato, essa "fé" humana tem sido propagada em quantidade e velocidade assombrosa nos dias atuais, alcançando e seduzindo multidões, na medida em que sempre apela para aos maiores desejos e, principalmente, sonhos (inclusive os mais escondidos) que as pessoas carregam em seu interior. E estas multidões que têm abraçado essa "fé" são, também, aqueles aos quais Jesus se referiu em Mateus 7.22-23 ao dizer: "Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vos que praticais a iniquidade.".

Sim. Por mais estranho que possa parecer; há pessoas, muitas mais do que imaginamos (membros e líderes de congregações) que estão realizando grandes sinais e maravilhas, grandes feitos, conseguindo grande sucesso social, acumulando grande riqueza, alcançando grande fama, e muito mais; porém, não estão sendo agradáveis a Deus em absolutamente nada do que pensam, dizem ou fazem, simplesmente porque a fé deles não é verdadeira, não é pura, não é luminosa; mas sim enganosa, vaidosa, pirotécnica, egocêntrica, megalomaníaca e obscura (apenas para citar algumas das características).

Agora, sabendo disso, as perguntas que devemos nos fazer são: Será que nós também não somos uma destas pessoas? Será que nossas aspirações na fé não são unicamente sociais? Será que não estamos querendo apenas impressionar outras pessoas? Será que não são as nossas vontades e sonhos que estamos, secretamente, desejando realizar? Será que as coisas que esperamos conseguir com a fé em Cristo são apenas as coisas que a sociedade diz que nossa vida precisa? Veja o que Paulo, um homem com fé comprovadamente verdadeira disse certa vez a esse respeito: "Se esperamos em Cristo apenas nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens."

À primeira vista qualquer um de nós responderá imediatamente "não" a todas as perguntas que fizemos acima, mas o cristianismo verdadeiro ensina que tão importante quanto não nos permitirmos ser enganados por ninguém é não nos enganarmos a nós mesmos; por isso foi escrito em Mateus 24.4: "...Acautelai-vos, que ninguém vos engane.". Ninguém; nem nós mesmos.

Precisamos constantemente verificar nossa fé para impedir que ela seja atraída, obscurecida e corrompida por nossas próprias vontades, sonhos, ambições, paixões e vaidades, que por sua vez podem estar sendo alimentadas pelas intermináveis buscas sociais que vão se tornando mais aceleradas, frenéticas, vertiginosas a cada dia que passa e estão sempre sendo dissimuladamente influenciadas pelas mais diversas vozes do espírito do mundo espalhadas por toda parte na sociedade e também dentro das congregações.

Nossa fé é uma dádiva muito preciosa para não prestarmos a devida atenção nela; e se a negligenciarmos seremos facilmente iludidos pelo espírito do mundo, deixaremos de dar atenção às coisas que realmente importam na nossa vida, tanto física quanto espiritualmente, e vamos nos perder em um labirinto repleto de holofotes, aplausos, vanglórias, sonhos, excessos e tesouros agradáveis às nossas mais diversas ambições e desejados por todas as pessoas que estão vagando perdidas na sociedade, mas que nos afastarão da Verdade, do Caminho e da Vida que realmente deveríamos construir para agradar ao Criador da nossa existência.

E que vida é essa?

Uma vida na qual usamos a verdadeira fé para colocar em pratica o amor e gerar esperança para as pessoas, principalmente aquelas que ainda estão socialmente confusas, socialmente doentes, socialmente cativas, socialmente cegas, socialmente escravas e socialmente desiludidas por causa de todo o caos ruidoso, feroz e frenético que os rodeiam diariamente e tenta, todo tempo, violar a sanidade dos indivíduos. Assim sendo, por causa da verdadeira fé é que os cristãos legítimos se tornam manifestações do Amor do Espírito de Deus para com a humanidade, demonstrando padrões de pensamento e comportamento semelhante ao do que o próprio Cristo estabeleceu como ideal em Lucas 4.18-19, quando disse: "O espírito de Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a por em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.".

Por outro lado, por causa da propagação da fé ilusória, deformada, social, humana, que tem sido perseguida, ensinada e venerada por muitos dentro de congregações, membros e líderes, é que o amor a Deus e ao próximo tem sido deixado de lado, na medida em que o resultado dessa falsa fé não é nada menos do que a iniquidade. E como foi escrito em Mateus 24.12: "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriara.". E lembre-se do que o próprio Cristo falou a respeito dessas pessoas: "E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vos que praticais a iniquidade.". Mateus 7.23

Sem a verdadeira fé, ou seja, se permitirmos que a valiosa fé que Deus nos deu se corrompa e siga o fluxo que o espírito do mundo traçou na sociedade, nos tornaremos apenas simulacros cristãos (com aparência, mas sem a essência de Cristo), e viveremos produzindo tão somente uma grande quantidade de simulações físicas, mentais e espirituais, tanto para enganar outras pessoas quanto para enganar a nós mesmos. É por esse motivo que sem a fé verdadeira é impossível agradar a Deus.   
 

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