“Assim
também ficar a alma sem conhecimento não é bom; e o que se apressa com seus pés
peca.” Provérbios
19.2
Os sábios "caminham" mais devagar. Não literalmente, mas mentalmente e espiritualmente.
E por que eles fazem isso?
Porque assim são capazes de perceber melhor o terreno onde estão pisando, conseguem parar, ou mudar, e corrigir a direção que estão seguindo quando for necessário; eles guardam suas forças para correr quando for oportuno, encontram beleza mesmo no meio de uma tempestade, e contemplam com clareza toda a jornada na qual estão. Eles sabem que muito mais importante do que a velocidade dos passos é o rumo em que eles nos levam e a consistência com a qual caminhamos.
Alguém já disse que a vida não é uma corrida de cem metros, mas sim uma maratona. A sociedade mundana considera esse entendimento como uma fraqueza, mas na verdade, este é um dos maiores segredos para uma vida longa e plena. Os sábios "caminham" devagar para que possam sempre ouvir tudo com mais atenção, compreender todas as coisas sem precipitação, falar com retidão, agir com moderação, e refrear qualquer paixão (como a ira por exemplo), tal como foi ensinado em Tiago 1.19, que diz: "...Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.".
E por último, mas não menos importante; os sábios "caminham" mais devagar para que possam viver em abundância na simplicidade e com simplicidade na abundância.
E por que estou dizendo isso?
E por que eles fazem isso?
Porque assim são capazes de perceber melhor o terreno onde estão pisando, conseguem parar, ou mudar, e corrigir a direção que estão seguindo quando for necessário; eles guardam suas forças para correr quando for oportuno, encontram beleza mesmo no meio de uma tempestade, e contemplam com clareza toda a jornada na qual estão. Eles sabem que muito mais importante do que a velocidade dos passos é o rumo em que eles nos levam e a consistência com a qual caminhamos.
Alguém já disse que a vida não é uma corrida de cem metros, mas sim uma maratona. A sociedade mundana considera esse entendimento como uma fraqueza, mas na verdade, este é um dos maiores segredos para uma vida longa e plena. Os sábios "caminham" devagar para que possam sempre ouvir tudo com mais atenção, compreender todas as coisas sem precipitação, falar com retidão, agir com moderação, e refrear qualquer paixão (como a ira por exemplo), tal como foi ensinado em Tiago 1.19, que diz: "...Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.".
E por último, mas não menos importante; os sábios "caminham" mais devagar para que possam viver em abundância na simplicidade e com simplicidade na abundância.
E por que estou dizendo isso?
Cada vez mais o espírito do mundo tem acelerado a
sociedade, fazendo com que todas as pessoas que vivem nela, sem o devido
conhecimento, acabem sendo influenciadas para viver mais, e mais, apressadamente. O estilo de vida nas grandes cidades (e até em muitas não tão grandes) se tornou automático e inconscientemente veloz, muito além do necessário, aprisionando os indivíduos em um tipo de existência repleta de toda sorte de afazeres aparentemente "urgentes", "importantes" e "inadiáveis" que impiedosamente drenam as forças, a atenção, o tempo, a saúde, o dinheiro e a satisfação de todos.
Em alguns casos mais específicos essa maneira acelerada de viver está devorando até mesmo a humanidade de algumas pessoas, impedindo-as de perceber e se compadecer com alguém ao redor que esteja passando por dificuldades, ou que cruze o seu caminho no cotidiano tão "ocupado" com tantos compromissos, físicos e virtuais, de trabalho, de estudo, pessoais, ministeriais e etc... Estas pessoas se tornam como o sacerdote e o levita retratados na conhecida parábola do bom samaritano; descrita em Lucas 10.25-37; tão apressados pela vida que possuem que, deliberadamente, escolhem ignorar outro ser humano, mesmo podendo ajudar, pois suas prioridades estão colocadas na quantidade absurdamente grande de coisas que desejam comprar, vitórias que querem conquistar, ambições que almejam concretizar, cargos que tentam galgar, objetivos que lutam para atingir, sonhos que esperam realizar, e todas as coisas diárias que sentem-se obrigados a fazer, cada vez mais rapidamente. Estas pessoas já quase não têm nenhum tempo verdadeiro para si mesmos, ou para Deus (embora estejam dentro uma congregação), o que dirá então, conseguir algum tempo para ajudar outros.
Esse comportamento alimenta e multiplica o egoísmo e o egocentrismo que a natureza humana já possui em si desde a queda de Adão e Eva; e como resultado disso muitos acabam se tornando completamente indiferentes, frios com relação às necessidades das demais pessoas; exatamente como Mateus 24.12 previu que aconteceria, quando foi dito: "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.".
Há milhões de anos atrás, mesmo antes da criação da raça humana, Deus, do alto de sua sabedoria e conhecimento, calculou que 24 horas em um dia seriam mais do que o suficiente para que todos nós, mortais, pudéssemos organizar a nossa vida com tranquilidade para usufruirmos adequadamente de períodos de trabalho, lazer, descanso, e comunhão com a nossa família e com Ele próprio. E viu Deus que isso era bom. No entanto, a humanidade tem se apegado cada vez mais à pressa excessiva que o espírito do mundo tem injetado nas "veias" da sociedade, desorientando a mente de homens e mulheres, fazendo com que cada um se atrapalhe grandemente na organização da própria vida; dessa forma, quanto mais as pessoas se aprofundam nessa pressa, como a sociedade exige que seja feito em nossos dias, mais perdem a capacidade de fazer escolhas realmente boas e benéficas; mais erros cometem, pois passam a correr atrás de atalhos para praticamente tudo na vida; preferem sacrificar áreas importantes de sua própria existência (família, chamado, saúde, trabalho, tranquilidade, virtudes, fé e muitas outras) para tentar alcançar os conhecidos tesouros do mundo (dinheiro, status, posses, fama, glamour, poder, religiosidade).
Eu não estou fazendo qualquer juízo de valor aqui sobre essas coisas citadas acima, pois com sabedoria todas elas podem ser muito bem gerenciadas, aproveitadas e utilizadas produtivamente sem qualquer problema, mas o fato é que as pessoas na sociedade moderna não conseguem mais encontrar um ponto de equilíbrio para si, como indivíduos, nem para a própria vida, dessa forma, até mesmo o que potencialmente é bom, como trabalhar, tem se corrompido e se tornado fonte inesgotável de peso e aflições internas e externas para eles.
E como o espírito do mundo tem acelerado a sociedade fazendo com que os indivíduos se apressem cada vez mais?
O mundo digital tem desempenhado um importante papel nisso; ele está criando deformações mentais devastadoras nas pessoas, deformações essas que são refletidas em todas as interações físicas que os indivíduos têm, uns com os outros, e até espirituais, com Deus. Toda a sociedade parece ter se tornado escrava da pressa excessiva e sem propósito; a paciência humana está sendo esfacelada diariamente nessa sociedade que tem o "poder" de fazer com que tudo aconteça na velocidade de um clique e possui um número tão grande de opções ao alcance de qualquer um. Nem mesmo os maiores reis do passado jamais tiveram tamanho privilégio. Aparentemente, quanto mais conectados ficamos, mais apressados nos tornamos; e essa hiper-interconectividade, quando não é devidamente moderada e bem administrada por cada pessoa, acaba sendo projetada pela mente em todas as áreas da nossa vida, pois a maneira como alguém faz uma coisa é a mesma maneira como esse tal faz todas as coisas.
Um telefone ou um computador, que "demore" mais de dois segundos para abrir um aplicativo, uma página da internet ou executar um programa, é sumariamente considerado lento; qualquer carro que não consiga ir de 0 à 100km/h em menos de dez segundos é tido como um veículo devagar; qualquer desejo pessoal, vontade ou sonho de consumo que não se realize o mais breve possível é considerado como muito demorado; se a direção que recebem de Deus é para que aguardem, dizem que não foram respondidos ou que o SENHOR está calado; consideram preguiçoso qualquer um que não esteja vivendo apressadamente; sempre que param em alguma fila acham que estão esperando por uma eternidade, mesmo que só tenham ficado parados por meia hora.
A mente destas pessoas está sempre pulando de um estímulo social para outro em uma velocidade alucinante, que não para de aumentar; seus pensamentos, sentimentos e emoções estão estilhaçados e dispersos como vaga-lumes em um tornado; e mesmo assim eles se recusam a combater esses hábitos, ou vícios, pois consideram que essa é a forma correta de se viver na sociedade moderna; desenvolveram o que o psiquiatra e escritor Augusto Cury chama de "o verdadeiro mal do século", a "Síndrome do pensamento acelerado".
Não é de espantar, portanto, que vivam constantemente ansiosos, irritados, descontentes, com cansaço físico e fadiga mental, estressados, sob pressão, frustrados, angustiados, com problemas de memória, doentes, dependentes de medicamentos para dormir, psicologicamente frágeis e muito mais; tudo isso apenas porque não querem "desacelerar seus passos", ou seja, diminuir a velocidade na maneira como estão vivendo. Assim sendo, perdem completamente a paz e a tranquilidade de sua própria alma; tornam-se tão atormentados pela própria vida que no fundo do coração passam a pensar como o que foi relatado em Jó 3.26, que diz: "Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação.".
E como desacelerar? Como não acompanhar os passos alucinantes da sociedade? Como encontrar paz interior e tranquilidade para a vida?
Os sábios "caminham" pelo cotidiano em sua própria velocidade, geralmente são considerados lentos porque não se deixam apressar pelas demandas sociais do mundo ao redor deles, não permitem que a agitação do mundo exterior perturbe a serenidade que cultivam no coração, não se curvam às pseudo urgências nem ao desequilíbrio acelerado que governam as multidões que estão mais frenéticas a cada dia.
O rei sábio Salomão escreveu no livro de Provérbios 19.2a: "Assim também ficar a alma sem conhecimento não é bom..."; assim sendo, o primeiro passo para qualquer um não ser arrastado por essa aceleração alucinada é tomar conhecimento de que isso está acontecendo tanto na sociedade mundana quanto dentro de algumas congregações e até com nós mesmos, pois o conhecimento produz clareza e discernimento que serão muito úteis para que cada um examine a própria vida adequadamente para perceber como encontrar o próprio ritmo e diminuir o volume excessivo dos seus pensamentos, desejos, ambições, metas, sonhos de consumo, palavras e ações; abrindo espaço interno e externo para que finalmente consigam "respirar", em meio a toda essa delirante tormenta social, e pensar em maneiras mais eficientes de aplicar os recursos que Deus colocou na vida deles, seu tempo, seu esforço, sua atenção, seu dinheiro, sua amizade, seu amor e sua fé.
Também foi dito por Salomão: "...O que se apressa com os pés peca." Provérbios 19.2. É provável que você também já tenha ouvido a máxima que diz que "A pressa é inimiga da perfeição". Todo cristão verdadeiro sabe que foi chamado para viver de forma perfeita, na medida de suas limitações humanas; por isso foi escrito em Mateus 5.48: "Sede vós, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.". É por esse motivo que todo aquele que se apressa da maneira como a sociedade tem incitado as pessoas, peca, porque essa pressa frenética afasta qualquer um de encontrar e viver uma vida perfeita, que significa, uma vida equilibrada, justa, feliz, satisfeita, simples, abundante, alegre e plenamente guiada pela vontade do Espírito do Altíssimo.
A pressa é a mãe de todas as imprudências e precipitações, logo, a pressa social é a mãe de todas as imprudências e precipitações sociais. Qualquer um que deseje realmente caminhar em direção a uma vida perfeita, segundo o conhecimento revelado nas Escrituras Sagradas, precisa abrir mão de viver com pensamentos, sentimentos, emoções, palavras e atos acelerados, precisa encontrar a velocidade adequada para os próprios passos, que é muito diferente daquela que o espírito do mundo tenta nos convencer a adotar; cada um de nós deve aprender a caminhar de acordo com a sua velocidade individual determinada por Deus para nossa vida; cada pensamento, cada sentimento, cada emoção, cada palavra, cada ação nossa deve ser muito bem dimensionada e executada de maneira moderada, só assim conseguiremos fugir da aparência do mal, seremos bem sucedidos em nos libertar das tentações, pessoais e sociais; deixaremos todo embaraço e nos desviaremos do pecado que tão de perto nos rodeia.
Em alguns casos mais específicos essa maneira acelerada de viver está devorando até mesmo a humanidade de algumas pessoas, impedindo-as de perceber e se compadecer com alguém ao redor que esteja passando por dificuldades, ou que cruze o seu caminho no cotidiano tão "ocupado" com tantos compromissos, físicos e virtuais, de trabalho, de estudo, pessoais, ministeriais e etc... Estas pessoas se tornam como o sacerdote e o levita retratados na conhecida parábola do bom samaritano; descrita em Lucas 10.25-37; tão apressados pela vida que possuem que, deliberadamente, escolhem ignorar outro ser humano, mesmo podendo ajudar, pois suas prioridades estão colocadas na quantidade absurdamente grande de coisas que desejam comprar, vitórias que querem conquistar, ambições que almejam concretizar, cargos que tentam galgar, objetivos que lutam para atingir, sonhos que esperam realizar, e todas as coisas diárias que sentem-se obrigados a fazer, cada vez mais rapidamente. Estas pessoas já quase não têm nenhum tempo verdadeiro para si mesmos, ou para Deus (embora estejam dentro uma congregação), o que dirá então, conseguir algum tempo para ajudar outros.
Esse comportamento alimenta e multiplica o egoísmo e o egocentrismo que a natureza humana já possui em si desde a queda de Adão e Eva; e como resultado disso muitos acabam se tornando completamente indiferentes, frios com relação às necessidades das demais pessoas; exatamente como Mateus 24.12 previu que aconteceria, quando foi dito: "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.".
Há milhões de anos atrás, mesmo antes da criação da raça humana, Deus, do alto de sua sabedoria e conhecimento, calculou que 24 horas em um dia seriam mais do que o suficiente para que todos nós, mortais, pudéssemos organizar a nossa vida com tranquilidade para usufruirmos adequadamente de períodos de trabalho, lazer, descanso, e comunhão com a nossa família e com Ele próprio. E viu Deus que isso era bom. No entanto, a humanidade tem se apegado cada vez mais à pressa excessiva que o espírito do mundo tem injetado nas "veias" da sociedade, desorientando a mente de homens e mulheres, fazendo com que cada um se atrapalhe grandemente na organização da própria vida; dessa forma, quanto mais as pessoas se aprofundam nessa pressa, como a sociedade exige que seja feito em nossos dias, mais perdem a capacidade de fazer escolhas realmente boas e benéficas; mais erros cometem, pois passam a correr atrás de atalhos para praticamente tudo na vida; preferem sacrificar áreas importantes de sua própria existência (família, chamado, saúde, trabalho, tranquilidade, virtudes, fé e muitas outras) para tentar alcançar os conhecidos tesouros do mundo (dinheiro, status, posses, fama, glamour, poder, religiosidade).
Eu não estou fazendo qualquer juízo de valor aqui sobre essas coisas citadas acima, pois com sabedoria todas elas podem ser muito bem gerenciadas, aproveitadas e utilizadas produtivamente sem qualquer problema, mas o fato é que as pessoas na sociedade moderna não conseguem mais encontrar um ponto de equilíbrio para si, como indivíduos, nem para a própria vida, dessa forma, até mesmo o que potencialmente é bom, como trabalhar, tem se corrompido e se tornado fonte inesgotável de peso e aflições internas e externas para eles.
E como o espírito do mundo tem acelerado a sociedade fazendo com que os indivíduos se apressem cada vez mais?
O mundo digital tem desempenhado um importante papel nisso; ele está criando deformações mentais devastadoras nas pessoas, deformações essas que são refletidas em todas as interações físicas que os indivíduos têm, uns com os outros, e até espirituais, com Deus. Toda a sociedade parece ter se tornado escrava da pressa excessiva e sem propósito; a paciência humana está sendo esfacelada diariamente nessa sociedade que tem o "poder" de fazer com que tudo aconteça na velocidade de um clique e possui um número tão grande de opções ao alcance de qualquer um. Nem mesmo os maiores reis do passado jamais tiveram tamanho privilégio. Aparentemente, quanto mais conectados ficamos, mais apressados nos tornamos; e essa hiper-interconectividade, quando não é devidamente moderada e bem administrada por cada pessoa, acaba sendo projetada pela mente em todas as áreas da nossa vida, pois a maneira como alguém faz uma coisa é a mesma maneira como esse tal faz todas as coisas.
Um telefone ou um computador, que "demore" mais de dois segundos para abrir um aplicativo, uma página da internet ou executar um programa, é sumariamente considerado lento; qualquer carro que não consiga ir de 0 à 100km/h em menos de dez segundos é tido como um veículo devagar; qualquer desejo pessoal, vontade ou sonho de consumo que não se realize o mais breve possível é considerado como muito demorado; se a direção que recebem de Deus é para que aguardem, dizem que não foram respondidos ou que o SENHOR está calado; consideram preguiçoso qualquer um que não esteja vivendo apressadamente; sempre que param em alguma fila acham que estão esperando por uma eternidade, mesmo que só tenham ficado parados por meia hora.
A mente destas pessoas está sempre pulando de um estímulo social para outro em uma velocidade alucinante, que não para de aumentar; seus pensamentos, sentimentos e emoções estão estilhaçados e dispersos como vaga-lumes em um tornado; e mesmo assim eles se recusam a combater esses hábitos, ou vícios, pois consideram que essa é a forma correta de se viver na sociedade moderna; desenvolveram o que o psiquiatra e escritor Augusto Cury chama de "o verdadeiro mal do século", a "Síndrome do pensamento acelerado".
Não é de espantar, portanto, que vivam constantemente ansiosos, irritados, descontentes, com cansaço físico e fadiga mental, estressados, sob pressão, frustrados, angustiados, com problemas de memória, doentes, dependentes de medicamentos para dormir, psicologicamente frágeis e muito mais; tudo isso apenas porque não querem "desacelerar seus passos", ou seja, diminuir a velocidade na maneira como estão vivendo. Assim sendo, perdem completamente a paz e a tranquilidade de sua própria alma; tornam-se tão atormentados pela própria vida que no fundo do coração passam a pensar como o que foi relatado em Jó 3.26, que diz: "Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação.".
E como desacelerar? Como não acompanhar os passos alucinantes da sociedade? Como encontrar paz interior e tranquilidade para a vida?
Os sábios "caminham" pelo cotidiano em sua própria velocidade, geralmente são considerados lentos porque não se deixam apressar pelas demandas sociais do mundo ao redor deles, não permitem que a agitação do mundo exterior perturbe a serenidade que cultivam no coração, não se curvam às pseudo urgências nem ao desequilíbrio acelerado que governam as multidões que estão mais frenéticas a cada dia.
O rei sábio Salomão escreveu no livro de Provérbios 19.2a: "Assim também ficar a alma sem conhecimento não é bom..."; assim sendo, o primeiro passo para qualquer um não ser arrastado por essa aceleração alucinada é tomar conhecimento de que isso está acontecendo tanto na sociedade mundana quanto dentro de algumas congregações e até com nós mesmos, pois o conhecimento produz clareza e discernimento que serão muito úteis para que cada um examine a própria vida adequadamente para perceber como encontrar o próprio ritmo e diminuir o volume excessivo dos seus pensamentos, desejos, ambições, metas, sonhos de consumo, palavras e ações; abrindo espaço interno e externo para que finalmente consigam "respirar", em meio a toda essa delirante tormenta social, e pensar em maneiras mais eficientes de aplicar os recursos que Deus colocou na vida deles, seu tempo, seu esforço, sua atenção, seu dinheiro, sua amizade, seu amor e sua fé.
Também foi dito por Salomão: "...O que se apressa com os pés peca." Provérbios 19.2. É provável que você também já tenha ouvido a máxima que diz que "A pressa é inimiga da perfeição". Todo cristão verdadeiro sabe que foi chamado para viver de forma perfeita, na medida de suas limitações humanas; por isso foi escrito em Mateus 5.48: "Sede vós, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.". É por esse motivo que todo aquele que se apressa da maneira como a sociedade tem incitado as pessoas, peca, porque essa pressa frenética afasta qualquer um de encontrar e viver uma vida perfeita, que significa, uma vida equilibrada, justa, feliz, satisfeita, simples, abundante, alegre e plenamente guiada pela vontade do Espírito do Altíssimo.
A pressa é a mãe de todas as imprudências e precipitações, logo, a pressa social é a mãe de todas as imprudências e precipitações sociais. Qualquer um que deseje realmente caminhar em direção a uma vida perfeita, segundo o conhecimento revelado nas Escrituras Sagradas, precisa abrir mão de viver com pensamentos, sentimentos, emoções, palavras e atos acelerados, precisa encontrar a velocidade adequada para os próprios passos, que é muito diferente daquela que o espírito do mundo tenta nos convencer a adotar; cada um de nós deve aprender a caminhar de acordo com a sua velocidade individual determinada por Deus para nossa vida; cada pensamento, cada sentimento, cada emoção, cada palavra, cada ação nossa deve ser muito bem dimensionada e executada de maneira moderada, só assim conseguiremos fugir da aparência do mal, seremos bem sucedidos em nos libertar das tentações, pessoais e sociais; deixaremos todo embaraço e nos desviaremos do pecado que tão de perto nos rodeia.
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